Há coisas que se dizem que, em abono da verdade, só dão para rir. Doutos especialistas em tantas coisas vieram agora manifestar-se contra a “privatização” do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Ignorância pura à mistura com a vontade de cavalgar à pressa o cavalo da opinião, sobre matéria que provam desconhecer nas questões mais básicas.
Desde sempre, o INEM contou com os bombeiros para manter e alargar a rede de socorro pré-hospitalar em Portugal, no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) que o próprio INEM controla.
Hoje, os Bombeiros asseguram cerca de 90% desse socorro. E essa parceria tende a manter-se de acordo com sucessivos protocolos celebrados entre as partes. Novo protocolo anuncia-se até final do ano.
Quem esgrime contra a dita “privatização” estará a referir-se porventura aos bombeiros? Mais uma vez, será um juízo ignorante, não só sobre o histórico da questão, mas também sobre a realidade atual.
A “privatização” do socorro dirá respeito, pelos vistos, a entidades de utilidade pública e sem fins lucrativos que são as associações humanitárias de bombeiros voluntários. Já lhes chamaram muitos nomes.