Esta semana, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses repetiu, mais uma vez, que “neste momento, para cumprir com as obrigações de promessa de pagar as creches e as propinas, precisamos de um reforço de 300 mil euros no Fundo de Proteção Social do Bombeiro”.
É uma informação há muito repetida a que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) sempre se furtou a responder. Só nunca ficou esclarecido, se não sabem, se não querem ou se não podem. Em qualquer caso, sempre que se debruçaram sobre o assunto, até publicamente, furtaram-se à realidade, driblaram os bombeiros e tentaram passar culpas para a Liga.
É sabido, há muito também, que ao criarem os apoios para propinas e creches nunca reforçaram o Fundo de Proteção para esse efeito. Contaram sempre com a boa vontade e que, por essa via, a Liga se iria desenrascar até o problema financeiro estar resolvido. Só que o problema foi-se protelando sem a correspondente fatia, nunca foi resolvido e, pior ainda, escondendo-o ou furtando-se a explicar a todos, nomeadamente aos bombeiros interessados, acabaram por disparar contra a Liga. Esta atitude, que se tem mantido, mas que acreditamos que vai mudar, tem sido prova de incapacidade e de falta de compleição, jeito ou perfil na gestão da coisa pública. Se, porventura, disserem que não, lá teremos que explicar melhor. Chega de, perante os bombeiros, chutarem para a Liga as responsabilidades sobre as quais só a ANEPC pode e deve responder.