Trata-se do grande desígnio olímpico: Citius, Altius, Fortius, ou seja, mais rápido, mais alto, mais forte.
O olimpismo é marcado simbolicamente por estes três objetivos, cujo alcance é meta dos desportistas de todo o mundo.
É certo que nem todos lá chegam. Uns ficam pelo caminho, não obstante terem dado o seu melhor. Os outros, que lograram alcançar os píncaros das provas olímpicas, irão tentar disputar as almejadas medalhas e lutar para obter o reconhecimento internacional para os seus feitos e marcas.
A prática desportiva deve ser uma condição permanente e exemplar permitindo a partir daí poder escolher os melhores. Mas na certeza de, a partir da simples prática, todos são bons senão os melhores.
Aos bombeiros cabe a difícil e arriscada missão de socorrer seja em que circunstâncias for mal comparado com a tarefa do desportista, pelo menos, na vertente de procurar fazer o melhor.
Para os bombeiros, contudo, ao contrário dos desportistas, o seu objetivo, em si, não são as medalhas, mas o sentimento do dever cumprido, a demonstração prática das suas competências, mas em prol dos outros.
E o exercício da cidadania ativa extrema, mais que demonstrada pelos bombeiros, leva muitas vezes a atos de maior superação e risco que acabam por resultar na atribuição de distinções que premeiam os seus atos heroicos e também contribuem para a divulgação dos mesmos enquanto bons exemplos para a sociedade.
O Prémio Diário de Notícias do passado e mais recentemente o Prémio Bombeiro de Mérito destina-se a valorizar, divulgar e premiar os atos heroicos dos nossos bombeiros.
A Liga dos Bombeiros Portugueses, passada a pandemia, pretende retomar o Prémio e, este ano, e com caráter excecional, englobar as candidaturas de 2019, 2020 e 2021.
Citius, Altius e Fortius, à partida, não são os objetivos dos bombeiros, mas, tendo em conta a perspetiva do seu serviço abnegado aos outros, podemos considerar que também lhes dizem respeito.