A solução preconizada, desde há anos, pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para a gestão dos apoios aos filhos dos bombeiros para creches e propinas apoiadas através do Fundo de Proteção Social do Bombeiro (FPSB) é simples e direta: ou tudo ou nada. Das duas uma, ou é a ANEPC a receber as candidaturas para tal, a processá-las e a pagá-las diretamente ao bombeiro ou, em alternativa, é a LBP que fez tudo com base em verbas recebidas para esse preciso efeito. Mesmo no caso das verbas nunca aconteceu, repita-se, nunca aconteceu qualquer transferência da ANEPC para a LBP para esses fins específicos. São factos mais que provados.
O apoio aos bombeiros para creches e propinas foi saudado pela LBP desde logo. Foi uma ideia excelente. Mas criada com tanta generosidade de princípios como sem os pés assentes na terra. E não foi por alertas sistemáticos da LBP que, inclusive, foram interpretados de forma aleivosa como se a Liga não defendesse esse e tantos outros apoios. O facto é que a LBP, fazendo jus ao ditado que reza que quem nasce torto tarde ou nunca se endireita, insurgiu-se contra o que estava a acontecer, ou seja, a atabalhoar e a envenenar o que era bom. E pior. Quando não há transferências de verbas para o efeito e a ANEPC atafulha a LBP de lista de bombeiros, aquela, numa tentativa de se alijar de responsabilidades, informava os bombeiros que estavam na LBP as listas e o dinheiro. E, mais, que está não pagava porque não queria… Uma prova de “lealdade” institucional difícil de encontrar noutras paragens.
Desde o principio, insiste teimosamente a LBP, para uma ideia muito boa, tudo se fez mal devido à incompetência demonstrada por alguns, a feira das vaidades de outros ou, ainda, a grosseria intelectual de ainda outros.
Estiveram mal os decisores políticos de então e os responsáveis da ANEPC também de então. A LBP esteve bem pelos alertas, mas, no fundo, para não prejudicar os bombeiros alinhou sob protesto na trapalhada.
Hoje, acreditamos, os ares são outros e, quer a ANEPC, quer o próprio secretário de Estado, Paulo Ribeiro, querem mudar a situação. Assim seja!
