O “Natal a Meias” é uma notável e louvável iniciativa da parceria Calzedonia/TVI/Liga dos Bombeiros Portugueses que, este ano, mais uma vez, tudo está a fazer em prol dos bombeiros.
Mas infelizmente não é deste Natal que vos queremos falar, mas de um outro que corre o risco, isso sim, de ficar a meio. Quando escrevemos estas linhas a dívida do INEM às associações de bombeiros aproxima-se dos 40 milhões de euros, por pagar deste setembro passado. Este, na verdade, é um Natal que corre o risco de ficar a meio, ou a meio de nada.
Desta situação irresponsável, saem prejudicadas as associações de bombeiros, os seus colaboradores e fornecedores, a quem, porventura, não foi possível garantir as devidas compensações do seu trabalho. E mesmo que a dívida em causa seja reduzida, entretanto, ficam sempre sequelas graves, não só financeiras, mas especialmente humanas. Ninguém merece ser maltratado, muito menos quando falamos de prestação de socorro, de apoio às populações, de minimizar os dramas e os infortúnios alheios.
Os bombeiros estão cansados das palmadinhas nas costas hipócritas e inconsequentes. Paguem-lhes apenas o que lhes devem para que o Natal não fique a meio.
