O copo meio cheio ou meio vazio

O subfinanciamento crónico das associações de bombeiros continuará a ser tema de debate da Liga dos Bombeiros Portugueses com os partidos parlamentares e com o novo Governo.

Trata-se de uma questão cuja solução definitiva continua a tardar e a causar sérios problemas à saúde financeira das associações. A LBP tem lutado por essa solução ciente das implicações que o problema tem, inclusive, na operacionalidade.

Da parte dos Governos assistimos ao reconhecimento do problema e, também, ao esgrimir da versão de que com as atualizações inscritas no Orçamento de Estado estão a tentar resolvê-lo.

Lembre-se, por exemplo, que a última atualização nem conseguiu cobrir os encargos acrescidos que as associações passaram a ter com a atualização do vencimento mínimo. Neste caso, como na generalidade das situações anteriores, apesar do montante apurado cada ano, que é apontado como positivo para as associações dos bombeiros, na verdade tem a particularidade de ficar muito aquém das necessidades.

Estamos perante um raciocínio, digamos bicéfalo, de quem dá entendendo que está a encher o copo devidamente e de quem vê encher o copo na mesma proporção ou pior do que o que perde. A realidade é esta, qual copo meio cheio ou meio vazio em função do ponto de vista de cada lado. Sendo certo que a realidade do dia a dia serve de juiz e evidencia que o copo meio vazio tende sempre a prevalecer.

Uma coisa é certa, o fôlego e o músculo das associações tem vindo a requerer doses maciças de fisioterapia, mas dificilmente se pode prever até quando ela fará efeito.

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