O contador nunca está a zero

As nossas associações humanitárias, muitas delas mais que centenárias, provam à sociedade que, pelo tempo de história passado, pelos muitos feitos realizados e pelo presente, não têm nem nunca terão o contador a zero. Isso quer dizer que, quer pelo seu passado, quer pelo seu presente e pelo que o futuro lhes reservará, as associações irão querer teimosamente continuar a funcionar. O contador só marcou zero no princípio e a partir daí, muitas vezes em circunstâncias nem sempre fáceis ou mesmo difíceis, foi contando cada segundo, minuto, hora, dia, mês, ano e década sempre recheados de episódios, factos e memórias que compõem as suas histórias.

Se há coisa de que nos orgulhamos nas nossas associações, e muito, é do seu passado, do presente e do que desejamos para o futuro. Em circunstâncias ditas normais a sobrevivência e a resiliência de muitas associações faz-se de milagres diários ditados e marcados pelo empenho, pelo espírito abnegado e altruísta de todos os que delas fazem parte, bombeiros, comandos, funcionários e dirigentes.

Episódios passados, presentes, e até futuros, podem tentar macular ou apenas magoar o coletivo e a comunidade local. Faz parte da vida e da história. Mas não haja dúvida de que, em momento algum poderão colocar em causa a missão e o espírito porque existem e para que existem as nossas associações. Aqui o contador nunca está a zero, em muitos casos há mais de cem anos.

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