A LBP, em qualquer circunstância, garante que vai continuar a apoiar o comandante Augusto Arnaut, de Pedrogão Grande.
A LBP reconhece e respeita a separação de poderes em Portugal, nomeadamente o poder judicial, mas essa posição não a pode inibir de se pronunciar e manifestar profundamente preocupada com a situação em que o Estado se demitiu da defesa de um daqueles que deram sempre o seu melhor na defesa dos cidadãos.
A LBP assume a convicção de que, caso já estivesse instalado o Comando Nacional de Bombeiros, nem o Comandante Arnaut estaria na posição em que está, nem o próprio Comando deixaria de chamar a Proteção Civil a assumir as responsabilidades de que agora se tem alheado.
A LBP está, desde o primeiro momento, solidária com o comandante Augusto Arnaut e família, pelos impactos a todos os níveis que a situação acarreta, levando certamente muitos outros comandantes a interrogarem-se se vale a pena prosseguir caso nada mude, concretamente, se o Comando Nacional não foi instituído rapidamente.
O Estado ausentou-se da defesa de um daqueles que sempre deram o melhor na defesa dos cidadãos. Lamenta-se profundamente tal atitude e os relatórios produzidos que foram considerados para todo este processo. Fica claro que, pese embora tudo aquilo que outros possam dizer, de facto a Proteção Civil não funciona nem funcionou. E, como não existe nem funciona nos moldes em que o devia fazer, entendeu-se fazer de um comandante de bombeiros, íntegro e lúcido, o bode expiatório.
A linguagem pode ser forte, mas é a que adapta ao protesto que lavra nos Bombeiros de Portugal. Ninguém está acima da lei, defendem a LBP e os Bombeiros em geral, mas isso não justifica eventuais atropelos ou trilhos mal traçados desde o início do processo.