Debate não esgota, mas enriquece

O debate anunciado para a Comissão Permanente da Assembleia da República, com a presença inédita de um primeiro-ministro, decorreu após a elaboração destas notas, mas, em qualquer caso, é já um primeiro momento positivo num debate alargado a que todos são chamados sobre o tema dos incêndios florestais.

Os académicos, como antes, terão o seu momento, como aconteceu anteriormente, mesmo se nem sempre com os resultados esperados.

Mas, mais que tudo, importa enfaticamente ouvir quem põe as mãos na massa, ou seja, os bombeiros.

Importa, entre todos, abordar já a revisão das estratégias de prevenção, gestão florestal, combate e extinção/rescaldo. Trata-se para já de encontrar as condições para evitar que o dispositivo seja confrontado sistematicamente com o seu limite de capacidade de resposta a partir do qual nos resta ir só atrás do prejuízo.

Proteger as aldeias é uma missão importante. Mas será que essa é a missão dos bombeiros? Proteger casas, animais e rescaldos. Mas será que essas são também missões dos bombeiros?

Quando tudo está perdido, quando manifestamente outras entidades e parceiros coordenados pela Proteção Civil falham as suas missões o que é que acontece? Lá estão os bombeiros para fazer isso tudo e, em muitos casos, deixar o fogo passar, perante a manifesta impossibilidade de fazer tudo.

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