A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) deixou claro, no Porto, que os Bombeiros se recusam a subsidiar o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), quando o contrário é que deve ser feito e não acontece como é necessário. Até 15 de março o INEM ficou incumbido de apresentar uma proposta que contemple a atualização dos valores pagos aos bombeiros, no âmbito do socorro pré-hospitalar e toda a reorganização desse serviço em moldes aceitáveis, seja ao nível dos subsídios, seja na atribuição de ambulâncias.
Concretamente, no caso da passagem de todos os Posto de Reserva (PR) para Posto de Emergência Médica (PEM), não obstante o compromisso há muito assumido, o INEM não se compromete com qualquer data. E, ainda, criar o PEM sem atribuir a respetiva ambulância.
Quase quatro horas de reunião entre a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o conselho executivo da LBP e a direção do INEM a conclusão foi “uma mão cheia de nada”. O INEM foi, de facto, “uma pedra no sapato” desta reunião já que lançou propostas “inaceitáveis” que, em abono da verdade e da honestidade intelectual, nem devia ter formulado. O INEM avança que não tem dinheiro e, então, é lícito perguntar “o que faz ao dinheiro dos seguros de todos nós e que devia ser partilhado com os bombeiros?”.
Na sequência da reunião havida na sede do SNS, no Porto, a LBP faz questão de sublinhar a posição e o papel que o presidente do SNS, Fernando Araújo, tem desempenhado e mantido no relacionamento com os Bombeiros, cordato, construtivo e pragmático.