A sessão plenária de quarta-feira, 9 de outubro, da Assembleia República (AR) começou muito mal, com a proibição do seu presidente para que os Bombeiros pudessem entrar fardados nas galerias. “Bombeiros enxovalhados com a atitude do presidente da Assembleia e alvo do controlo desproporcionado da PSP”. Até os pins da Liga dos Bombeiros Portugueses que os dirigentes de bombeiros levavam na lapela do casaco foram alvo dos agentes.
A presença dos bombeiros tinha a ver com o fato da AR ir apreciar e votar duas propostas de projetos de lei a favor dos bombeiros apresentadas pelo PCP.
Antes da discussão, os grupos parlamentares manifestaram-se contra a proibição feita pelo presidente e foi decidido então permitir a entrada aos bombeiros fardados. Não teria ficado mal ao presidente da AR, no final da sessão, reconhecer a forma ordeira como todos os bombeiros e dirigentes, fardados ou não, se mantiveram nas galerias. Ficará para outra vez. A desculpa dada pelo presidente da AR para a proibição não é verdadeira. Em 1979 os bombeiros estiveram fardados nas galerias da AR e até, por isso, foram saudados pelo hemiciclo.
Entretanto, quarta-feira, os dois projetos do PCP, depois de aprovados baixaram agora à especialidade. Votaram a favor, o PCP, o Bloco de Esquerda, o PAN, o Livre e o Chega. Abstiveram-se, o PS, o PSD, o CDS e o IL.