O processo movido ao comandante Augusto Arnaut de que foi absolvido definitivamente, continua a ensombrar a história dos trágicos acontecimentos ocorridos há oito anos nos incêndios florestais de Pedrogão Grande.
Choramos os mortos e os feridos entre civis e bombeiros, têm-se feito muitos balanços, conclusivos ou inconclusivos, e perdura porventura uma das maiores vergonhas nacionais que é a de sentar um comandante de bombeiros no banco dos réus, quando tudo o que se passou à volta vê dissiparem-se rostos e responsabilidades.
Este processo, como todos sabemos, partiu de uma enorme sanha de encontrar responsáveis a qualquer preço sem olhar a meios nem a quem. O Estado, concretizando, a ANEPC e os seus responsáveis à época não tugiram nem mugiram. De tal modo que, com muito tempo passado e a sua progressão igualmente lenta, o processo foi-se esfarelando e desconstruindo. E a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) suportando todos os custos inerentes.
No dia 17 de junho, data em que se assinalou oito anos desde a tragédia, a LBP saudou o comandante Arnaut, homem de caráter, que tem sabido estoicamente enfrentar tudo e todos com honradez e sentido do dever!
