Todos ficaríamos a ganhar se a ANEPC, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em vez de procurar afirmar-se como “a entidade que manda”, se disponibilizasse para dialogar com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), num espírito de cooperação e colaboração, respeitando a representação de todas as entidades de corpos de bombeiros. Por outro lado, ao furtar-se ao diálogo, a ANEPC mais parece querer dizer também que fará tudo para não ressarcir nada aos bombeiros, ao contrário do que vai acontecer com muitos agentes da proteção civil presentes no apoio e acompanhamento do evento.
A LBP fez propostas concretas que não obtiveram resposta, até ao momento.
Pela parte da LBP, e depois dos alertas feitos, e não críticas, sublinhe-se, vamos aguardar pelo final da JMJ para nos pronunciarmos, fazendo votos para que tudo decorra bem e exaltando os nossos Bombeiros a demonstrar uma vez mais o seu humanismo e a sua qualidade e capacidade operacional.
A propósito disso, a LBP esclarece e reforça, definitivamente, que não voltará a pronunciar-se sobre o assunto e que os alertas que tem vindo a fazer, nomeadamente, sobre a falta de conhecimento da existência de uma Diretiva Especial de Proteção e Socorro (Safety), para apoio aos participantes na JMJ, são verdadeiros e oportunos, tendo como objetivo melhorar a capacidade de resposta e prontidão dos bombeiros portugueses.
A LBP afirma que o Estado, ao não ter Bombeiros, deve acordar com as Associações Humanitárias de Bombeiros e com as Entidades Detentoras de Corpos de Bombeiros, a mobilização e intervenção dos corpos de bombeiros, à semelhança de outras situações como o combate aos incêndios florestais ou apoios específicos, garantindo o ressarcimento de todas as despesas e os tempos perdidos, dado que não se trata de uma situação inopinada de acidente grave ou catástrofe.
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