O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lamenta os atrasos dos hospitais no pagamento dos serviços prestados pelas associações, identificando o problema como crónico e, “mais do que de tesouraria, é organizativo”. E dá como exemplo, que, “a conferência dos documentos se arrasta, em alguns casos, mais de um ano”.
António Nunes, em declarações à Lusa, aponta que “temos uma contabilidade corrente de que nos temos vindo a queixar, porque há momentos em que a dívida chega aos 30 milhões de euros, depois há um esforço e partes substantivas são liquidadas, baixa para 20 ou 25 milhões e depois volta a subir”.
Realçando os esforços de algumas unidades hospitalares na redução da dívida bem como o diálogo com o secretário de Estado da Saúde, o presidente da LBP sublinha que “o problema das associações humanitárias não é tanto a questão da dívida, mas também a irregularidade com que é paga”.
A LBP tem-se desdobrado em contatos diversos com o próprio Ministério da Saúde, algumas Administrações Regionais de Saúde e Hospitais para acelerar os pagamentos e, segundo António Nunes, “as nossas insistências e apelos até resultam, mas não se transformam em rotina”.
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