Quem o diz é o Instituto Nacional de Estatística. Num estudo realizado por ele verifica-se no universo das associações de bombeiros voluntários um défice crónico anual que, desde 2018, já ultrapassa os 100 milhões de euros.
Este é o resultado da falta de apoios sentido há muitos anos que, pese embora algum reforço que se vai verificando neles, na verdade, nunca chegam para ao menos resgatar o défice. Este, em 2015 foi de quase 69 milhões, em 2016 de 68, em 2017 de 92, em 2018 de 111 mil, em 2019 de 114 mil, em 2020 de 103 mil e em 2021 de quase 114 milhões de euros.
Nestas condições, gerir uma associação e garantir a resposta ao socorro do seu corpo de bombeiros é um verdadeiro milagre.
A Liga dos Bombeiros Portugueses, sem pretender apoios financeiros desproporcionais que não se adequem com a situação do País, tem proposto medidas concretas, equilibras e adequadas para travar a degradação financeira das Associações.
Se agora, como aconteceu recentemente com o presidente da AGIF, há quem venha dizer que as associações recebem muito, estas só têm que parar para pensar, refletir bem no caminho, pedir satisfações a quem diz atoardas e evidenciar ainda mais perante os portugueses qual é a situação real dos bombeiros e das suas associações, e não a versão propalada pelo Estado.