Há quem lhe queira chamar mudança ou dança das cadeiras mas aqui, neste breve comentário, doravante, chamaremos apenas mudança de ciclo. Em todos os tempos, e em muitas entidades e instituições, os ciclos da vida e da história sucedem-se compreensível e inevitavelmente. Contudo, em todos os tempos também, há pessoas que não detetam nem perceberam que a história já passou por eles, sem ressentimentos, sem dramas ou reservas.
Aceitam-se as regras quando se entra nas entidades e instituições e, inevitavelmente também, importa respeitá-las à saída. As entidades e instituições perpetuam-se.
Nelas, contudo, as pessoas cumprem o seu papel, mas, inevitavelmente, sucedem-se. E cumprida a sua missão para a história, que não se reescreve, será feito, inevitavelmente, o balanço da sua ação, o que fez, aquilo com que se comprometeu e não fez ou aquilo cuja análise e decisão evitou. É a mudança de ciclo, que outros entendem designar mudança ou dança das cadeiras.