Segundo alguns, ser dirigente associativo de bombeiros é, pura e simplesmente, um verdadeiro ato de loucura, de insensatez, imprudência e irreflexão. As circunstâncias confirmam que, porventura, sem o denodo deles tem tudo para correr mal. Na certeza de que tudo o que acontecer se passa num comboio em andamento, a funcionar 24 horas, com tudo o que isso representa e exige.
A enorme dedicação, até paixão, com que muitos se devotam às suas associações serão tempero e catalisador das dificuldades e dos desafios que os dirigentes têm para enfrentar enquanto o comboio avança e procura responder a tudo o que lhe é pedido.
A loucura, a insensatez, a imprudência e a irreflexão são todas passíveis de medição. As receitas que não entram por serviços que se prestam, a TSU que se paga a ultrapassar largamente o que se recebe, os vencimentos a subir a partir do RMG sem contrapartida à altura, as despesas de funcionamento contra as receitas que tardam ou, pura e simplesmente, ficam esquecidas.
Tudo ingredientes, apenas alguns, mas suficientes para demonstrar tudo aquilo com que há que lutar.
Ser dirigente associativo de bombeiros é uma prova arriscada no fio da navalha que acarreta diversos tipos de responsabilidades, nomeadamente pessoais e pelas quais o seu próprio património pessoal também responde. Porventura é uma das únicas atividades voluntárias e pro bono em que não há limites para a responsabilização dos seus titulares.
Ser dirigente associativo de bombeiros é um perfeito ato de loucura de quem aprende a recuperar o fôlego durante o andamento do comboio.