A Liga dos Bombeiros Portugueses é a primeira a defender que os Portugueses têm o direito de saber o que o país gasta no combate aos incêndios florestais.
Os Bombeiros não percebem que haja dúvidas, da parte de algumas mentes, relativamente aos apoios que recebem do Estado, montantes e objetivos. Não percebem porque, se há entidades escrutinadas por todos os lados, são precisamente as associações de bombeiros.
Na Carta Aberta da LBP divulgada na edição anterior desta newsletter ficou bem expressa, para que não subsistam quaisquer dúvidas nos Portugueses, a importância do conhecimento das verbas atribuídas aos Bombeiros e dos custos, dos meios aéreos, da UEPS/GNR, do ICNF, das Forças Armadas, dos Sapadores Florestais e outras entidades, bem como as despesas assumidas, quer pelas câmaras municipais, quer também pelas juntas de freguesia.
Também por esta via será fácil perceber o subfinanciamento a que as associações de bombeiros há anos estão sujeitas. Desde logo, sabendo que o que têm de pagar de TSU ultrapassa o que recebem do Estado.
Um erro todos cometem, mas persistir nele, depois de demonstrado que não é verdade, é que já é demais. É a isso que conduzem as declarações injuriosas proferidas na Assembleia da República (AR) pelo presidente da AGIF sobre os Bombeiros que provocaram declarações públicas, a apresentação de um protesto ao Primeiro-ministro, a solicitação de audição na Comissão de Agricultura e Pescas da AR e outras medidas.
De toda esta situação, dispensável e lamentável ressalta, contudo, se assim se quiser chamar, um aspeto positivo que é, no fundo, mais uma vez, a demonstração do subfinanciamento dos bombeiros, quer para o combate aos incêndios florestais que representam apenas 7% da sua atividade, quer para as restantes missões que representam os restantes 93%.
Os Portugueses ficam mais uma vez a saber como vivem os seus bombeiros e em que condições, apesar de tudo, continuam a cumprir as suas missões.